Thursday, December 10, 2015

Poème du retour: Paulo Leminski et l'éternel moustache de Nietzsche (& outros)




Samico, História do Galo de Ouro (1999);
Lasar Segall, Mãe Morta (1940);
Schoenberg's Pierrot Lunaire (directed by Oliver Herrmann, singed by Christine Schäfer & conducted by Pierre Boulez); 

"Nishida's basho vis-à-vis nothing is the basho that can be reached by denying the fact that the self is such an ego-consciousness or, to be more precise, by letting it disappear."
Yasuo Yuasa
"...basal consciousness, becoming a thing and exhausting it... does not mean to lose the body, nor that it becomes universal. On the contrary, the self is deepened, it is thoroughly at the base of one's body."
Kitaro Nishida/Yasuo Yuasa
"There is an end to life, but No is endless."
Zeami
"Hat Jemand, Ende des neunzehnten Jahrhunderts, einen deutlichen Begriff davon, was Dichter starker Zeitalter Inspirationnannten? Im andren Falle will ich’s beschreiben..."
Nietzsche (Ecce Homo)

"... l'identité... tourne autour du Différent..."
Deleuze (Différence et répétition)
"... le Christ véritable était une espèce de Bouddha..."
Deleuze (Nietzsche et la philosophie)
"... la mort dérobant la conscience, non seulement j'ai conscience de mourir: cette conscience, en même temps, la mort la dérobe en moi..."
"Les contenus se perdant les uns dans les autres, des diverses formes de dépense définissaient d'eux-mêmes une loi de communication réglant les jeux de l'isolement et de la perte des êtres."
Georges Bataille

"Ces serments, ces parfums, ces baisers infinis,
Renaîtront-ils d'un gouffre interdit à nos sondes,
Comme montent au ciel les soleils rajeunis
Après s'être lavés au fond des mers profondes?
— Ô serments! ô parfums! ô baisers infinies!"
Charles Baudelaire (Le Balcon)
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Paulo Leminski, Distraídos Venceremos (1987): 
"desaparecença Nada com nada se assemelha.
Qual seria a diferença
entre o fogo do meu sangue
e esta rosa vermelha?
Cada coisa com seu peso,
cada quilômetro, seu quilo.
De que é que adianta dizê-lo,
isto, sim, é como aquilo?
Tudo o mais que acontece
nunca antes sucedeu.
E mesmo que sucedesse,
acontece que esqueceu.
Coisas não são parecidas,
nenhum paralelo possível.
Estamos todos sozinhos.
Eu estou, tu estás, eu estive."

"incenso fosse música
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além" 
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Um poema de Mário de Andrade (Improviso do Rapaz Morto, 1925):
"Morto, suavemente ele repousa sobre as flores do caixão.
Tem momentos assim em que a gente vivendo
Esta vida de interesses e de lutas tão bravas,
Se cansa de colher desejos e preocupações.
Então para um instante, larga o murmúrio do corpo,
A cabeça perdida cessa de imaginar,
E o esquecimento suavemente vem.
Quem que então goze as rosas que o circundam?
A vista bonita que o automóvel corta?
O pensamento que o heroíza?..
O corpo é que nem véu largado sobre um móvel,
Um gesto que parou no meio do caminho,
Gesto que a gente esqueceu.
Morto, suavemente ele esquece as flores do caixão.
Não parece que dorme, nem digo que sonhe feliz, está morto.
Num momento da vida o espírito se esqueceu e parou.
De repente ele assustou com a bulha do choro em redor,
Sentiu talvez um desaponto muito grande
De ter largado a vida sendo forte e sendo moço,
Teve despeito e não se moveu mais.
E agora ele não se moverá mais.
Vai-te embora! vai-te embora, rapaz morto!
Ôh, vai-te embora que não te conheço mais!
Não volta de-noite circular no meu destino
A luz da tua presença e o teu desejo de pensar!
Não volta oferecer-me a tua esperança corajosa,
Nem me pedir para os teus sonhos a conformação da terra!
O universo muge de dor aos clarões dos incêndios,
As inquietudes cruzam-se no ar alarmadas,
E é enorme, insuportável minha paz!
Minhas lágrimas caem sobre ti e és como um sol quebrado!
Que liberdade em teu esquecimento!
Que independência firme na tua morte!
Ôh, vai-te embora que não te conheço mais!"

From The Book of Thoth (Aleister Crowley):
- 8/Adjustement [Libra, Venus/Saturno, adjustment ("the daughter, redeemed by her marriage with the Son, is thereby set up on the throne of the mother"), "the feminine complement of the Fool," "the secret course of judgment whereby all current experience is absorbed, transmuted, and ultimately passed on, by virtue of the operation of the Sword, to further manifestation," "at the corner of the card, are indicated balanced spheres of light and darkness, and constantly equilibrated rays from these spheres form a curtain, the interplay of all those forces which she sums up and adjudicates," "equilibrium stands apart from any individual prejudices... Nature is scrupulously just, it is impossible to drop a pin without exciting a corresponding reaction in every star," "she is the ultimate illusion which is manifestation; she is the dance, many-coloured, many-wiled, of Life itself, constantly whirling, the phantom show" (***wasn't Nietzsche a Libran? Yes! He was born 15 October; in what matters A/Z himself, the regents of solar sign and ascendent are in Libra, and almost everything is in the VII house, see here), karma (Eastern philosophy), "Saturn represents above all the element of time... all action and reaction take place in time" (phenomena are compensated by time)];

See also:
- Umberto Eco about Nietzsche;

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